quinta-feira, 14 de abril de 2011

A sujeição pelo sexo

Além de fonte de mão de obra, a senzala constituía-se também em prazer sexual para o homem branco. Para a mulher negra, a ligação com o branco era uma forma de ascensão social, única maneira de obter pequenos privilégios na vida dura de cativa. Para o branco,a escrava era simples prpriedade e, como tal deveria satisfazer a todos os deus caprichos.
Embora condenadas pela Igreja, essas ligações eram comuns, -aliás, muitos sacerdotes, na solidão dos vilarejos não dispensavam os serviços de cama mesa de uma bela africana. Encaradas como coisa normal até mesmo por sua esposa, as escapadas do fazendeiro rumo à senzala não chegavam a ser uma forma de traição. Os filhos bastardos eram aceitos na casa grande, onde, em geral, permaneciam como escravos domésticos -livres, portanto, do trabalho duro da lavoura. Muitos fazendeiros, porém encaravam o relacionamento com as negras como forma de aumentar seu patrimônio e,não raro vendiam os próprios filhos como escravos. Essa prática suscitou a indignação do naturalista Saint Hilaire, ainda na metade do século XIX: "Pode-se afirmar que há homens livres de nossa raça de alma bastante cruel para deixar os próprios filhos à servidão."
Evidentemente, qualquer ligação da mulher branca com o homem negro tinha caráter diverso. Mais que traição ao marido, era um crime contra a estrutura social e só podia ser reparado com a morte dos dois amantes. Mesmo assim houve casos- raros, porém- de realcionamento ente brancas e negros.
Saga-A Grande História do Brasil. vol.4 pag.08 InLiberteiros- Júlio Emílio Braz- FTD

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